O SALPICO!
n
n
n
No primeiro Domingo de Abril escolhemos a Histórinha do SALPICO, salpico este que mudou a vida de uma criança de olhos tristes. Sem dúvida nspiradora História!
n
BOA LEITURA!
n
n
– –
n
n
O SALPICO! – Histórinhas D’ Embalar #9
n
n
Era uma vez um salpico. De tinta. Caíra por acaso num nariz. O nariz estava, já se vê, numa cara. A cara pertencia, como se imagina, a um corpo.
n
Nariz, cara, corpo, mais braços e pernas, tudo nos seus respectivos lugares, compunham um boneco de pasta ou de plástico, igual a dezenas de outros, numa oficina de brinquedos.
n
Vestidos com o mesmo tecido barato, todos enfileirados e prontos, os bonecos, aliás, as bonecas, estavam para ali, para o que desse e viesse.
n
Arrecadadas umas tantas para dentro de uma caixa, viajaram até uma feira. Dispostas lado a lado, no escaparate do feirante, pareciam uma varanda de meninas para casar.
n
n
Elas não diziam: “ Quem quer, quem quer casar com a Carochinha?”, mas eram como se dissessem.
n
– Quanto custa esta boneca? – perguntava alguém.
n
– Tanto – dizia o vendedor.
n
n
Algumas iam à vida, embrulhadas em papel de cor. Tinham o destino certo. Mas a maioria ficava.
n
– Ó mãe, olha ali aquelas bonecas. Compra-me uma… – pediu uma garotinha de olhos tristes.
n
A mãe faz de conta que não ouviu. A miúda insistiu: Compra, mãe, compra.
n
n
E a mãe:
n
– Não pode ser, filha. Não temos dinheiro para luxos.
n
n
Era uma pobre de pedir. Mas talvez se tenha lembrado do tempo que era menina, sem bonecas nem brinquedos, e perguntou ao feirante o preço das monas. Recuou quando soube. A mão da filha muito apertada na sua…Foi então que deu com a boneca salpicada.
n
– E esta, que tem um defeito, por que preço faz? – perguntou.
n
n
O vendedor nem tinha reparado. Aborreceu-se com a descoberta e para despachar a mercadoria disse:
n
– Tanto.
n
n
Muito menos do que as outras.
n
A mulher contou as moedas e pagou.
n
Aninhou-se a boneca nos braços da miúda. Por causa de um salpico do acaso, vejam só o
n
que pode acontecer.
n
E não é que o salpico da boneca, ao colo da menina, se desvaneceu, como por encanto!?
n
Há casos assim. Acontece, mas só às vezes.
n
n
Carinhosamente,
n
A equipa D’BARRIGA.
n
– –
n
n
DICAS PARA PAIS
n
Há várias formas de criar uma sensação de segurança no seu filho:
n
– Oferecer um boneco mágico, uma lanterna mágica (para quem tem medo do escuro) e até “pós mágicos” para deitar antes de dormir (um saco com purpurinas faz milagres).
n
– Fazer pequenos teatros durante o dia em que os personagens passem por situações parecidas com as que o seu filho verbaliza e se saiam bem.
n
– Pedir ajuda ao seu filho para pequenas tarefas e agradecer-lhe, dizendo que é forte e crescido.
n
n
n